terça-feira, 16 de setembro de 2008

A vida secreta das plantas

A minha fé, meus estudos e especialização na fitoterapia nasceram e/ou foram estimulados pelo texto a seguir.

Gostaria de compartilhar com você e espero que ele possa fazer alguma coisa pela sua vida.

A VIDA SECRETA DAS PLANTAS*

Peter Tompkins & Christopher Bird

Com exceção de Afrodite, não existe nada mais lindo neste planeta do que uma flor, nem mais essencial do que uma planta. A verdadeira matriz da vida humana é a relva que cobre a mãe Terra. Sem as plantas verdes, nem respiraríamos nem comeríamos. Na superfície inferior de toda folha, um milhão de lábios móveis ocupam-se em devorar bióxido de carbono e expelir oxigênio. Ao todo, 67 milhões de quilometro quadrados de superfície de folhas ocupam-se diariamente deste milagre que é a fotossíntese, produzindo oxigênio e alimentos para os homens e animais.

Foram necessárias descobertas notáveis de vários cientistas para trazer de volta esse mundo vegetal à atenção da humanidade. Mesmo assim, ainda há céticos que acham difícil acreditar que as plantas possam ser finalmente as damas de honra num casamento da física e da metafísica. Há provas atualmente que corroboram a visão do poeta e do filósofo - de que as plantas são criaturas que vivem, respiram e se comunicam, dotadas de personalidade e dos atributos da alma. Somente nós, em nossa cegueira, é que temos insistido em considerá-las autômatos.

O dogma de Aristóteles, de que as plantas possuem alma, mas que carecem de sensação, persistiu durante toda a Idade Média e chegou até o século XVIII, quando Carl Von Linné, avô da botânica moderna, declarou que as plantas só diferem dos animais e dos homens em sua falta de movimento, um conceito que foi destruído pelo grande botânico do século XIX Charles Darwin, que provou que toda gavinha possui seu poder de movimento independente. No começo do século XX , um talentoso biólogo vienense, que atendia pelo nome gaulês de Raoul Francé, expôs a idéia, chocante para os filósofos naturais de então, de que as plantas movimentam seus corpos com a mesma liberdade, facilidade e graça do mais hábil animal ou do ser humano, e que o único motivo pelo qual não percebemos isso é que as plantas se movimentam muito mais lentamente que os humanos.

As plantas sentem? Afirmam os autores deste livro que, como todos nós, elas são dotadas de percepção e sensibilidade

Do livro The Secret Life of Plants, de Peter Tompkins e Christopher Bird, publicado por Harper & Row, Publisher, Inc. Copyright 1973, by Peter Tompkins & Christopher Bird.

Direitos desta tradução reservados à Livraria Francisco Alves Editora S.A.

As plantas, dizia Francé, são capazes de desígnio: podem se estender à procura daquilo que desejam de maneira tão misteriosa como as criações mais fantásticas da imaginação. A orvalhinha agarra uma mosca com precisão infalível, movendo-se na direção exata em que a presa será encontrada. As plantas parecem saber quais formigas roubarão seu néctar, fechando-se quando esses insetos estão por perto, e só se abrindo quando há em suas hastes orvalho em quantidade suficiente para impedir que as formigas subam por elas.

Será, de fato, apenas por reflexo ou coincidência que uma planta como a orquídea Trichoceros parvifloras faz com que suas pétalas imitem tão precisamente a fêmea de uma determinada espécie de mosca que o macho procura acasalar-se com elas, e ao assim proceder poliniza a orquídea? Será somente por acaso que o lírio-de-carniça adquire o cheiro de carne podre em áreas onde somente abundam moscas?

A fim de se protegerem, as plantas criam espinhos, gosto amargo ou secreções pegajosas que capturam e matam insetos hostis. A tímida Mimosa pudica possui um mecanismo que reagem sempre que um besouro, uma formiga ou um verme sobe por sua haste em direção às folhinhas delicadas: quando o intruso toca num determinado ponto, a haste se ergue, as folhas se dobram e o atacante é arremessado fora do galho pelo movimento inesperado ou obrigado a fugir, assustado.

Algumas plantas, diante da impossibilidade de obter nitrogênio em ares pantanosas, conseguem-no devorando criaturas vivas. Há mais de quinhentas variedades de plantas carnívoras, que devoram qualquer tipo de carne, desde insetos a carne de boi, utilizando vários métodos astuciosos para capturar sua presa, como tentáculos, pelos visguentos e armadilhas em forma de funil. Os tentáculos das plantas carnívoras são não apenas bocas, como também estômagos na ponta de longas hastes com os quais agarram e devoram sua presa, digerindo tanto a carne como o sangue, e só deixando o esqueleto.

As orvalhinhas não dão qualquer atenção as pedrinhas, pedaços de metal ou outras substâncias estranhas colocadas em suas folhas, mas percebem rapidamente o alimento representado por um pedaço de carne. Darwin descobriu que a orvalhinha pode ser excitada quando sobre ela é colocado um pedaço de linha pensando não mais do que 1/140.000 de grama.

Engenhosidade vegetal

A engenhosidade demonstrada pelas plantas em imaginarem formas de construção supera de muito a dos engenheiros humanos. As estruturas feitas pelo homem não podem igualar em resistência aos longos tubos ocos que suportam pesos fantásticos em veio a tempestades terríveis. A maneira como as plantas utilizam fibras enroladas em espirais é um mecanismo de grande resistência ao cisalhamento ainda não desenvolvido pela técnica humana. As células alongam-se em salsichas de fitas planas, entrelaçadas umas nas outras, para formar cordões quase inquebráveis. À medida que uma árvore cresce para o alto ela engrossa, cientificamente, para suportar a maior carga de peso.

O eucalipto australiano é capas de erguer-se num tronco esguio, a 144m acima do chão, ou a mesma altura da Grande Pirâmide de Queops, e certas nogueiras são capazes de suportar 1000.000 nozes. A sanguinária da Virgínia é capas de produzir um nó de marinheiro que suporta tal tensão, ao secar, que rebenta, lançando semente que germinarão o mais longe possível de sua mãe.

As plantas são até mesmo capazes de percepção quanto à orientação e ao futuro. Caçadores e exploradores das pradarias do vale do Mississipi descobriram um tipo de girassol, o Silphium laciniatum, cujas folhas indicam com precisão os pontos cardeais. O alcaçuz indígena, ou Arbus precatorius, é de tal modo sensível a todas as formas de influências elétricas e magnéticas que é usado como indicador meteorológico.

Os botânicos que pela primeira vez o estudaram, os Kew Gardens, de Londres, acharam nele um meio de prever ciclones, furacões, tornados, terremotos e erupções vulcânicas.

“Talvez as plantas enxerguem melhor sem olhos”,

Ponderou Backster, “Melhor do que os seres humanos com eles.”

As plantas que reagem de modo tão seguro, tão variado e tão imediato ao mundo exterior, diz Francé, devem dispor de algum meio de se comunicar com esse mundo exterior, alguma coisa que seja semelhante ou superior a nossos sentidos. Embora as plantas tenham sido quase universalmente consideradas autômatos insensíveis, descobriu-se atualmente que elas são capazes de distinguir entre sons inaudíveis ao ouvido humano e a comprimentos de onda, como o infravermelho e o ultravioleta, invisíveis ao olho humano: são particularmente sensíveis aos raios X e à alta freqüência da televisão.

A aventura começou em 1966. Cleve Backster tinha passado a noite inteira acordado, em sua escola para examinadores de policia, onde ele ensina a arte de usar o detector de mentiras. Levado por um impulso, ele resolveu ligar os eletrodos de um dos seus detectores à folha de sua dracena, planta tropical semelhante a uma palmeira. Backster tinha curiosidade de saber se a folha seria afetada pela água vertida em suas raízes, e de que modo e em quanto tempo isso aconteceria.

A medida que a planta sedentamente sugava água por seu caule, o galvanômetro, para surpresa de Backster, não indicou menos resistência, como seria de esperar devido à maior condutividade elétrica da planta úmida.a pena em seu papel milimetrado, ao invés de traçar uma curva ascendente, estava traçando uma curva descendente. Para espanto de Backster, a dracena estava mostrando uma reação muito semelhante à de um ser humano que experimenta um estímulo emocional de curta duração. Poderia a planta estar demonstrando emoção?

O que aconteceu a Backster nos dez minutos seguintes viria a revolucionar sua vida.

A maneira mais eficiente de provocar num ser humano uma reação suficientemente forte para fazer o galvanômetro saltar consiste em ameaçar seu bem-estar. Backster decidiu fazer exatamente isso à planta: encharcou a folha da dracena na xícara de café que ele tinha constantemente na Mao. Não houve qualquer reação perceptível no medidor.

Backster estudou o problema durante vários minutos, e depois imaginou uma ameaça maior: ele queimaria a folha a que os eletrodos estavam ligados. No instante em que ele visualizou a imagem de fogo na mente, e antes que pudesse procurar uma caixa de fósforo, houve uma elevação brusca da curva no gráfico. Backster não havia se mexido, nem em direção à planta, nem em direção maquina. Poderia a planta estar lendo seu pensamento?

Quando Backster saiu da sala e voltou com alguns fósforos, encontrou outra elevação brusca no gráfico, causada evidentemente por sua determinação de levar adiante a ameaça. Backster sentiu vontade de sair correndo para a rua e gritar: “As plantas pensam!”. Ao invés disso mergulhou numa meticulosa investigação dos fenômenos.

Mais de vinte e cinco variedades diferentes de plantas e frutas foram e testadas, entre as quais alface, cebolas, laranjas e bananas. As observações feitas, todas semelhantes, exigiam uma nova visão da vida, com conotações explosivas para a ciência.

De inicio, Backster pensou que a capacidade das plantas de perceber sua intenção fosse alguma espécie de percepção extra-sensorial (PES); depois discordou do termo, PES significa percepção acima e além de variedades dos cinco sentidos animais - o tato, a visão, a audição, o olfato e o paladar. Como as plantas não apresentam nada que se pareça com os olhos, ouvidos, nariz e boca, e como os botânicos desde o tempo de Darwin nunca lhes atribuíram um sistema nervoso, Backster concluiu que o sentido vegetal deveria ser mais básico.

Backster sentiu vontade de sair... para a rua e gritar: “As plantas pensam!”

Isso o levou a conjecturar que os cinco sentidos humanos talvez fossem fatores limitativos, sobrepostos a uma percepção mais “primária”, possivelmente comum a toda a natureza. “Talvez as plantas enxerguem melhor sem olhos”, ponderou ele. “melhor do que os seres humanos com eles.”

Nos meses seguintes, gráficos e mais gráficos foram feitos com toda espécie de plantas. O fenômeno parecia persistir mesmo quando a folha era arrancada da planta, ou quando era recortada para se ajustar exatamente ao tamanho dos eletrodos. Surpreendentemente, mesmo que uma folha fosse picada e redistribuída entre as superfícies dos eletrodos, ainda havia uma reação no gráfico. As plantas reagiam não só a ameaças de seres humanos, como também a ameaças não-formuladas, como o súbito aparecimento na sala de um cachorro ou de uma pessoa que não gostasse delas.

Backster observou que se uma planta é ameaçada com um perigo ou uma lesão irremediável, reage autodefensivamente de maneira semelhante a um gambá - ou, na verdade, como um ser humano – “desfalecendo” ou caindo num desmaio profundo. O fenômeno foi demonstrado de maneira espetacular num certo dia em que um fisiologista canadense foi ao laboratório de Backster a fim de assistir à reação das plantas. A primeira delas não mostrou absolutamente nenhuma reação. Nem a segunda, nem a terceira. Backster verificou seus instrumentos e tentou uma quarta e uma quinta planta, ainda sem êxito. Finalmente, na sexta houve reação suficiente para demonstrar o fenômeno.

Curioso de descobrir o que poderia ter influenciado as outras plantas, Backster perguntou: - Por acaso alguma parte de seu trabalho envolve fazer mal a plantas?

-Sim- respondeu o fisiologista. –Eu elimino as plantas com que trabalho. Eu as ponho num forno e as torro, para verificar seu peso seco, para fins experimentais.

Quarenta e cinco minutos depois, quando o fisiologista estava a caminho do aeroporto, todas as plantas de Backster voltaram a reagir tranquilamente no gráfico.

Teste de plantas

O Dr. Aristide H. Esser, psiquiatra profissional e diretor médico do departamento de pesquisas do Rockland State Hospital, em Nova Iorque, e seu colaborador, Douglas Dean, químico do Colégio Newark de Engenharia, realizaram experiências com um home que trouxe consigo um filodendro de que havia cuidado desde que Ra uma muda e que tratava com carinho.

Os dois cientistas ligaram um detector de mentiras à planta e depois fizeram a seu dono uma serie de perguntas, a algumas das quais ele diria respostas falsas, segundo fora instruído. A planta não teve nenhuma dificuldade para indicar, através do galvanômetro, as perguntas respondidas erradamente. O Dr. Esser, que a principio havia achado graça das afirmativas de Backster, admitiu – Tive de engolir minhas próprias palavras.

Em outra serie de observações Backster observou que uma comunhão especial ou laço de afinidade parecia surgir entre a planta e seu tratador, relação que não era afetada pela distancia. Utilizando cronômetros sincronizados, Backster pôde observar que suas plantas continuavam a reagir a seu pensamento e a sua atenção quando ele se encontrava numa sala ao lado, no fim do corredor e até mesmo num edifício bem longe do laboratório. De certa feita, quando Backster estava fazendo uma viagem, proferindo uma série de palestras, falou a respeito de sua primeira observação, em 1966, mostrando um slide da dracena original. A planta, em seu escritório, mostrou uma reação, vista no gráfico, no momento exato em que El projetou o slide.

As plantas lêem nosso pensamento

Backster não tem nenhuma idéia a respeito da espécie de onda de energia que leva os pensamentos de uma pessoa ou seus sentimentos interiores a uma planta. Ele já tentou isolar uma planta, colocando-a numa câmara de Faraday, bem como no recipiente de chumbo. Nenhum dos dois escudos mostrou qualquer sinal de bloquear ou prejudicar a comunicação entre a planta e os e humano.

Enquanto Backster estava realizando suas experiências no leste dos Estados Unidos, Marcel Vogel, um corpulento químico pesquisador que trabalha para a IBM, em Los Gatos, na Califórnia, foi desafiado a dar um curso de “criatividade” para engenheiros e cientistas da empresa.

O ponto crítico no curso de criatividade de Vogel ocorreu quando um de seus alunos lhe mostrou um exemplar da revista Argosy com um artigo sobre o trabalho de Backster, intitulado “As plantas têm emoções?”. A primeira reação de Vogel foi jogar o artigo na cesta de lixo, convencido de que Backster não passava de outro charlatão indigno de ser levado a serio. No entanto, havia alguma coisa naquela idéia que lhe espicaçava a mente. Alguns dias depois, Vogel pegou novamente o artigo e mudo inteiramente de opinião.

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Vogel demonstrou a reação da planta a seus pensamentos... entre os quais uma súbita liberação de forte emoção.

Vogel dividiu sua turma em três grupos, desafiando-os a repetir algumas das realizações de Backster. Ao fim do seminário, nenhuma das três equipes havia conseguido sucesso, Vogel, por outro lado, estava em condições de anunciar que havia repetido alguns dos resultados de Backster.

Vogel ficou a pensar por que somente ele parecia ter tido êxito. Em sua meninice, havia-se interessado por qualquer coisa capas de explicar o funcionamento da mente humana. Depois de vasculhar livros sobre magia, espiritualismo e técnica de hipnotismo, ele havia realizado demonstrações de palco, como um hipnotizador adolescente. O que particularmente fascina Vogel eram os postulados de vários autores sobre a energia psíquica”, um termo popularizado por Carl Jung, que, embora a distinguisse da energia física, acreditava que ela fosse mensurável.

Vogel raciocinava que, se havia uma “energia psíquica”, ela deveria ser armazenável, como outras formas de energia. Mas onde?

Em seu dilema, ele pediu a ajuda de uma amiga com dons espiritualistas. Vivian Wiley. Em seu jardim, Vivian colher duas folhas de uma saxífraga, colocando uma sobre sua mesinha de cabeceira e a outra na sala de estar. – Todo dia, quando eu me levantar – ela disse a Vogel – vou olhar para a folha que está em meu quarto e desejar que ela continue viva; mas não darei nenhuma atenção à outra. Vamos ver o que acontece.

Um mês depois, ela pediu a Vogel que fosse a sua casa e que trouxesse uma máquina fotográfica para documentar as folhas. Vogel mal pôde acreditar no que viu a folha a que sua amiga não dera nenhuma atenção estava flácida, amarelada e começava a apodrecer. A folha em que ela havia concentrado sua atenção diária estava estuante de vida e verde, como se tivesse sido colhida há pouco no jardim.

Vivian Wiley continuou sua experiências e mais tarde mostrou a Vogel a folha de saxífraga que ela havia mantido verde e viva durante dois longos meses, enquanto a folha de controle estava completamente desidratada e amarela.

Vogel começou um novo ciclo de experiências na primavera de 1971, para ver se era capaz de determinar o momento exato em que um filodendro entrava em comunicação registrável com um ser humano.

Energia vegetal radiante

Com um filodendro ligado a um galvanômetro que produzia uma linha reta de base, Vogel postou-se diante da planta, completamente relaxado, respirando profundamente e quase a tocando com os dedos abertos. Ao mesmo tempo, começou a concentra sobre a planta o mesmo tipo de emoção afetuosa que ele sentiria por um amigo. A cada vez que ele assim procedia, uma serie de oscilações ascendentes aparecia no gráfico. Ao mesmo tempo, Vogel sentia tangivelmente, nas palmas das mãos, uma espécie de energia que emanava da planta.

Vogel sentia-se agora bastante confiante para aceitar um convite para fazer uma demonstração publica com uma planta. Num programa de TV de São Francisco, a planta, ligada a um galvanômetro, deu uma ilustração viva de vários estados de espírito de Vogel, desde irritação com as perguntas do entrevistador até traços serenos, obtidos quando Vogel se punha em intercomunicação harmoniosa com a planta.

Para um produto da TV ABC, Vogel demonstrou também a reação da planta a seus pensamentos, ou aos de outra pessoa, ente os quais uma súbita liberação de forte emoção, surgida por sua atitude de acalmar a planta, fazendo com que Le mostrasse reações normais ao meio ambiente.

Convidado a fazer palestras para pessoas que tinham tido noticias de suas experiências, Vogel declarou inequivocamente: - É uma verdade: o homem pode comunicar-se com o reino vegetal – e o faz. As plantas são seres vivos, sensíveis,com raízes no espaço. Podem ser cegas e mudas no sentido humano, mas não tenho nenhuma duvida de que eles são instrumentos extremamente sensíveis para medir as emoções humanas. Elas irradiam forças energéticas que são benéficas ao homem. Podemos sentir essas forças! Elas incrementam nosso próprio campo de força, que por sua vez devolve energia à planta.

As plantas e o sexo

Na Sexta-Feira da Paixão de 1973, Vogel e o Dr. Tom Montelbono, que vinha trabalhando com ele havia mais de um ano, foram filmados durante experiências com plantas por uma equipe de produção da CBS. Os dois pesquisadores se sentiram enormemente embaraçados com o fato de as plantas não darem mostras de reagir. Vogel pediu a Montelbono que verificasse se havia alguma coisa de errado com a fiação.

Ao invés de verificar os eletrodos, Monelbono, para espanto dos técnicos da CBS, sentou-se onde ele estava e depois de um momento de concentração anunciou que células danificados no canto superior direito da parte da folha em contato com os eletrodos estavam provocando um curto-circuito. Na presença dos técnicos, os eletrodos foram removidos e verificou-se que a folha estava lesada exatamente no lugar anunciado por Montelbono.

Recebendo em sua casa um grupo de psicólogos, médicos e programadores de computador, Vogel permitiu que eles verificassem seu equipamento, à procura de instrumentos ocultos ou outros expedientes fraudulentos que, segundo eles afirmavam, tinha de existir. Depois pediu-lhes que se sentasse em circulo e conversasse, para verem que reações a planta poderia captar. Durante uma hora o grupo conversou sobre assuntos variados, não despertando nenhuma reação da planta. Quando todos já haviam concluído que tudo não passava de embuste, um dos presentes perguntou: - E o sexo? – Para surpresa geral, a planta como que ganhou vida e pena pôs-se a traçar curvas e traços violentos no papel.

Para Marcel Vogel, as plantas abriram novos horizontes. O reino vegetal parece ser capaz de captar mensagem de intenção, benigna ou maligna, que são inerentemente mais verdadeira do que quando traduzidas em palavras – um talento que todos os seres humanos podem também possuir mas que momentaneamente bloquearam.

Na Rússia, milhões de leitores de jornal conheceram a idéia de que as plantas comunicam seus sentimentos ao homem em outubro de 1970, quando o Pravda publicou um artigo intitulado “ O que as plantas nos dizem”.

“ As plantas falam... sim, elas gritam”, declarou o órgão oficial do Partido Comunista. “só aparentemente é que elas aceitam seus sofrimentos com submissão e suportam em silencio a dor.” O repórter do Pravda, V. Cherkov, conta como ele testemunhou esses fatos extraordinários em Moscou, ao visitar o Laboratório de Clima Artificial, na renomada Academia Timiryazev de Ciências Agrícolas.

Diante dos meus olhos um broto de cevada literalmente gritou quando suas raízes foram mergulhadas em água quente. Na verdade, a “voz” da planta estava sendo registrada somente por um instrumento eletrônico especial, extremamente sensível, que revelava um “vale infinito de lagrimas” numa larga folha de papel. Como se houvesse enlouquecido, a pena gravadora contorcia-se sobre a folha branca, traçando a agonia da ceva, ainda que, a um olha à própria planta, ninguém jamais imaginaria o que ela estava sofrendo. Embora suas folhas, verdes como sempre, se mantivessem eretas, o “organismo” da planta já estava morrendo. Alguma espécie de células “cerebrais” em seu interior estava contando o que acontecia.

O repórter do Pravda entrevistou também o Professor Ivan Isidorovitch Gunar, chefe do Departamento de Fito fisiologia da Academia, que havia realizado centenas de experiências, todas as quais confirmam a presença de impulsos elétricos nas plantas, semelhantes aos conhecidos impulsos nervosos do homem.

O principal assistente de Gunar, Leonid A. Panishkin, declarou que estava particularmente interessado em pesquisar a maneira como “nossos amigos verdes” reagem à luz e à escuridão. Usando uma lâmpada especial, que brilhava com a mesma intensidade dos raios solares que atingem a Terra, ele havia constatado que as plantas cansavam-se num dia “estendido” e necessitavam de repouso de noite.

Contataram uma clara reação das plantas a...

tensão emocional

No verão de 1971 foi mostrado a uma delegação americana um filme preparado por Panishikin e intitulado As Plantas têm Sensibilidade? O filme demonstrava que a imersão de uma planta em vapor de clorofórmio elimina a característica pulsação biopotencial normalmente visível quando a planta recebe um golpe forte; o filme revelava ainda que os russos estão estudando atualmente as características dessas pulsações para determinar o grau relativo da saúde da planta.

Em abril de 1972, o Weltwoche, um jornal suíço, estampou um relato do trabalho de Backster e de Gunar, afirmando que as pesquisas de ambos haviam ocorrido simultânea e independentemente. Naquela mesma semana, o artigo suíço foi traduzido para o russo e publicado em Moscou, com titulo geral de “O maravilhoso mundo das plantas”. Os cientistas, dizia a versão russa, estão “propondo a idéia de que as plantas recebem sinais e os transmitem através de canais especiais para um dado centro, onde processam a informação e preparam reações em resposta. Esse centro nervoso poderia estar situado em tecidos de raízes, que expande, e se contraem como o músculo cardíaco no homem. As experiências demonstraram que as plantas possuem um ritmo vital definido e que morrem quando não obtêm períodos regulares de repouso e tranqüilidade.”

As plantas possuem um ritmo vital defino e morrem quando não obtêm períodos regulares de repouso e tranquilidade.

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A magia e o mistério do mundo das plantas, descortinado por esse estudo científico, tornaram-se também recentemente assunto de um novo livro intitulado Relva, de um conhecido autor eslavófilo, Vladimir Soloukhin. “É possível que os elementos de memória nas plantas sejam tratados superficialmente”, escreve ele, “mas ao menos são definidos, preto no branco! Entretanto, ninguém telefona para os amigos e vizinhos, ninguém grita com voz ébria o telefone: Ouvistes a noticia? As plantas sentem! Elas sentem dor! Elas gritam! As plantas lembram-se de tudo!”

Quando Soloukhin começou a telefonar para seus próprios amigos, um deles lhe disse que um destacado membro da Academia Soviética de Ciências havia afirmado:

Não fiquem espantados! Também nós estamos realizando muitas experiências dessa espécie e todas elas apontam para uma coisa: as plantas possuem memória. São capazes de coletar impressões e retê-las durante longos períodos. Fizemos com que um homem maltratasse, e até torturasse, um gerânio durante vários dias consecutivos. Ele o beliscava, o rasgava, espetava suas folhas com uma agulha, pingava ácido em seus tecidos vivos, queimava-o com um fósforo e cortava suas raízes.

Outro homem tratou o gerânio com carinho, aguou-o, afofou sua terra, borrifou-o com água fresca, esteou seus galhos pesados e tratou suas queimaduras e feridas. Quando examinamos a planta com nosso eletrodos, o que pensam que aconteceu? Assim que o torturado aproximou-se da planta o gráfico do instrumento começou a mostrar oscilações violentas.

O gerânio não estava simplesmente “nervoso”; estava com medo, estava em pânico. Se pudesse, teria se atirado pela janela ou atacado seu torturado. Mas esse inquisidor saiu da sala e o bom jardineiro tomou seu lugar perto da planta, o gerânio se tranqüilizou, o gráfico mostrou um alinha calma - quase poderíamos dizer uma linha terna.

Experiências com feijão

O artigo do Weltwoche despertou a atenção dos editores do jornal moscovita Izvestia, que encomendou uma reportagem ao repórter M. Matveyev. Concluindo que uma “sensação estava sendo propagada nos jornais ocidentais”, Matveyev entrevistou Vladimir Grigorievitch Daramanov, diretor do Laboratório de Bio-cibernética do Instituto de Agrofisiologia, a fim de obter uma opinião abalizada.

Segundo o repórter do Izvestia, Karamanov mostrou que um pé de feijão comum havia adquirido o equivalente a “mãos” para comunicar a um cérebro instrumental a quantidade de luz de que necessitava. Quando o cérebro enviava os sinais de “mãos”, “ tudo que tinham a fazer era apertar um botão, e a planta ganhava assim a capacidade de determinar independentemente a extensão ideal de seu ´dia` e de sua ´noite`.

Mais tarde, a mesma planta, tendo adquirido o equivalente a “pernas”, foi capaz de comunicar instrumentalmente que deseja águas. “Mostrando ser uma criatura plenamente racional”, continuava o relatório, “ela não chupava a águas indiscriminadamente, mas limitava-se a uma dose de dois minutos a cada hora, regulando assim a necessidade de água com a ajuda de um mecanismo artificial.”

Interrogado se acreditava que Backster havia descoberto algo de novo, Karamanov um tanto condescendentemente respondeu: “Absolutamente! O fato de que as plantas são capazes de perceber o mundo que as rodeia é uma verdade tão antiga quanto o próprio mundo. Sem percepção, a adaptação não existe nem pode existir. Se as plantas não possuíssem órgãos de sentido e não tivessem um meio de transmitir e processar informações com sua própria linguagem e sua própria memória, elas inevitavelmente morreriam”.

Karamanov, que durante toda a entrevista não fez um único comentaria sobre a capacidade das plantas de captarem o pensamento e a emoção humana – a descoberta realmente sensacional de Backster – fez uma pergunta retórica ao repórter o Izvestia: - As plantas podem perceber formas? Podem, por exemplo, distinguir um homem que as maltrate de um outro que cuide delas?

Comentário russo

Em resposta à sua própria pergunta, Karamanov disse: - Hoje, não sei responder a essa pergunta. O fato é que nem ele, nem nós, nem ninguém no mundo já está em condições de decifrar todas as respostas das plantas, escutar e compreender o que elas “dizem” umas às outras ou o que elas “gritam” para nós.

E Karamanov acrescentou: - ainda não estamos aprendendo a conversar com as plantas e compreender sua linguagem especial. Estamos definindo critérios que nos ajudem a controlar a vida das plantas. Por essa estrada, difícil, mas fascinante, uma multidão de surpresas ainda nos aguarda.

· A vida secreta das plantas é de autoria conjunta de Peter Tompkins e Christopher Bird. Tompkins é também autor de Os segredos da grande pirâmide, que revelou os mistérios da grande estrutura construída em Queops.

· Christopher Bird é um biólogo e antropólogo que tem colaborado com artigos para as principais revistas americanas. É também um observador da União Soviética, cujas experiências sobre a sensibilidade das plantas são descritas pormenorizadamente neste livro.

Meu e-mail:

mario.mel@hotmail.com

tel: 8821-4814

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